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O nome dela é Siria, tem 11 anos e faz parte da minha vida desde Agosto de 2004. Poderia ter adoptado um animal, mas ela foi especial e por isso troquei-a por dinheiro. Num passeio junto à praia decidi vasculhar uma escola de cães na segunda linha de praia na Madalena, entrei em contacto, mais tarde fui escolher entre 3 cães. Agradou-me a Siria, considerei-a a mais frágil e com a linhagem mais bonita, tipica de uma pastora alemá. Estava disposto a cuidar dela, abri mão das minhas poupanças e sem dizer nada a ninguém apareci com ela em casa. Já possuía um cão e uma gata, acharia que a 3 a festa estaria garantida, mesmo contra a vontade dos meus pais.
Entendo, por isso, que o mais dificil foi levá-la até casa. Depois todos a consideraram de eleição e passados 2 dias já todos a acariciavam, primeira prova estava superada. Amedrontada, começou a dar os seus primeiros passos na rua após 2 semanas connosco, aí começou a aprender como andar junta de mim, como brincar com uma bola e como obedecer a todas as chamadas. Levou apenas 2 palmadas até hoje, às quais nunca protestou e por isso é sínónimo da sua inteligência. Sem ser necessário recorrer à violência, percebe que está errada ou que está errada para mim, quando alteio a voz dando uma ordem ou reprimenda.
É de extrema fidelidade e responsável também pelo meu bom desempenho como pessoa e profissional nos ultimos 11 anos, companheira em todas as horas boas e todas as horas menos boas. O importante para ela não seria andar a passear o dia todo, mas sim estar deitada pelo menos ao meu lado enquanto me banhava nos estudos. Ela sabia que no final do estudo, teria o seu passeio, talvez por isso se sacrificasse a estar deitada ao meu lado a tarde inteira. Nunca mordeu ninguém, é a guarda de casa exemplar e é apaixonada por crianças. Todos os ensinamentos são por ela merecidos, tê-la comigo é o mais importante e perceber que é feliz, é para mim um sentimento de lisonjeado.
Ontem foi o dia da decisão. Apareceram-lhe tumores mamários há 2 meses e vigiamos a sua evolução, fruto de não a termos castrado e o problema tem de ser resolvido recorrendo a uma cirurgia. Está tudo alinhado, a Drª Miguela que a acompanha nas suas consultas em casa pediu para consultar a Drª Helena e a mesma informou que o melhor será retirar os malditos tumores mamários... A cirurgia tem tudo para correr bem, tem de correr bem e vai correr bem. Isto é um risco que estou disposto a correr, só porque quero continuar a proporcionar-lhe a qualidade de vida merecida, sem ter de suportar um peso que continua a crescer no seu corpo.
A minha avó Amélia (Mais tarde escreverei sobre ela e a importãncia da Siria na sua vida) está preocupada com a nossa pastora alemá e eu quero que ela descanse pois tudo correrá bem. Quando tudo tiver corrido bem, no final da sua cirurgia do dia 26-08-2015 eu darei continuidade á história da Siria. Para quem não a conhece na totalidade, acredito que ficará bastante entusiasmado em conhecê-la, pois ela também tem, como todos nós, a sua #identidade.