Quando era um jovem adolescente tinha um foco e uma cisma, digamos que uma dependência concreta pelo futebol.
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A minha mãe costuma dizer-me várias vezes, que desde pequeno a minha imagem de marca era andar sempre com a bola de futebol atrás, transportando-a para todo o lado. Lembro-me de jogar na rua com os meus amigos todos os dias, desde os meus 10 anos.
A rua onde vivia era sem saída logo era muito mais fácil jogar futebol sem interrupções, lembro-me de ser o mais novo e jogar sempre com os mais velhos. O Pepe era sempre o guarda-redes, o Renato andava a tentar jogar, o Luis claramente não tinha nascido para o futebol, o Mota dava uns toques e o Bruno Dias sempre teve jeito para a bola. Por vezes aparecia o Neca e mais tarde o Bruno Barbosa.
Lembro-me de a partir dos 14 anos tornar a ida à Diadora um hábito recorrente, ora jogava no Tirsense e gostava sempre de todas as épocas ter umas chuteiras novas daquela marca, o meu paizão era quem me levava à fábrica, fico-lhe eternamentegrato por isso, assim como a oferta da bola da Diadora amarela que me ofereceu.
Foi a bola de futebol que mais me marcou, é extremamente bonita, amarela florescente com o simbolo da diadora preto, guardei-a dos 15 anos até aos 29 anos vazia. Aos 29 anos enchi a bola e joguei com ela novinha na minha despedida de solteiro. Haveria melhor forma de escolher um momento de estreia para a bola? Jogar com os meus amigos com a minha eterna bola é mais um elemento que revela a minha #identidade e marca a minha cumplicidade com o meu pai e com o futebol.