Já estava tudo assinado e estavamos prontos para sair da igreja da forma mais calma e natural possivel. Ficaram connosco dentro da igreja apenas o fotógrafo com quem tiramos ainda uma última selfie e o Eduardo com a sua filha Matilde ao colo para nos verem sair. É aquela parte do casamento mais formal, pelo menos para mim, é o formalismo e o saber endireitar as costas perante a entidade divina.
Agora sim, pararam-me à saída da igreja, talvez a melhor amiga da Tia São e disse-me sem que pudesse avançar e perante toda a gente, "O teu acto quando chegaste à igreja foi marcante, foi lindo e foi de enorme admiração, pegar na tua avó e fazê-la caminhar aé junto do altar contigo foi muito bonito". Sim, é um facto e eu sei que foi. Foi apenas o cumprir de uma promessa que fiz à minha avó, que independentemente da situação que ela se encontrava iria sempre levar-me ao altar se fosse viva. E que sorte tive eu, fui mais do que bem acompanhado!
A minha familia e os meus amigos esperavam-ne no exterior, apertei a camisa e avancei juntamente com a Diana, levamos com tudo em cima, literalmente.
Ouviamos palavras bonitas, saudavam-nos carinhosamente e elogiavam-nos como gostamos imenso de ouvir. Dei uns bons abraços, provei ainda algumas bolachas caseiras que estavam à entrada, petisquei uma goma e dirigi-me para o meu primeiro carro, o meu Opel Astra II, tinha-lhe também prometido que apesar de mais velho, era nele que eu ía para a quinta, foi o primeiro carro que comprei sem a Diana saber e no qual lhe fiz uma surpresa em 2009. Estava cheio de fome e ainda tinhamos um caminho de 30min até à Quinta da Quintã, quinta esta que todos os convidados apenas souberam no dia do nosso casamento, guardamos a surpresa e colocamos flyers para todos com as indicações e o nome da quinta à entrada da igreja, estava desvendada a surpresa!
Este segredo da localização da quinta fez parte da nossa identidade, decidimos assim, queriamos que fosse diferente e que toda a gente se deliciasse com a surpresa.