A Dinamarca é um país que mais parece uma flor a desabrochar para cada lado que olhamos, mas que ténue e perfeito desenvolvimento. Aterrar em Copenhaga é quase o mesmo que entrar num conto de fadas e percorrer as páginas do livro em cima da bicicleta. as expectativas na viagem a Copenhaga não eram elevadas, aliás nem tinha pensado nelas pois estava tudo nas mãos da Sara e o do Faria, foram eles que programaram a viagem, foi principalmente a Sara que através da sua agência (Nortenha Viagens) preparou o guião para o passeio, eu lá fui estudando apenas a história por onde passava, quis deixar-me surpreender.
Começamos por entrar logo na primeira noite no Hard Rock Café e vaguear pelas ruas e praças de Copenhaga, já se sentia a cultura em toda a volta e a limpeza da cidade. O Hotel era um 4* chamado Square Hotel e foi lá que sentimos uma limpeza brutal e um ambiente super acolhedor para passarmos a primeira noite e nos deliciarmos com o pequeno almoço em que os liquidos eram servidos por um tablet, começava a misturar-se a evolução, a engenharia e a qualidade da Dinamarca.
Ora já era de dia e partimos para a aventura onde a primeira era alugar uma bicicleta para 3 dias e fomos a uma loja onde as bibicletas pareciam enzimas a produzirem-se umas em cima das outras. A segunda aventura era começarmos a perceber as regras de trânsito para as bicicletas e olhar sempre para os semáforos certos, que fantasia era a de andar sempre com a bicicleta para qualquer lado que fôssemos!
A magia começou a espelhar-se no castelo de Rosenborg, era a residência de Verão da familia real e a sua beleza era quase que retirada do livro de conto de fadas que já abordei, os jardins estavam bem vivos e lá dentro o que mais me impressionou foi o trabalhado das coroas de suas altezas e o salão de dança com o cadeirão de assistência do Rei. O Tivoli estava fechado e foi uma tristeza porque lá iriamos perder bem 1 dia a divertir-nos, no entanto a cidadela de Kastellet dava para espairecer com a bicicleta e até pelo Museu da libertação (retratava a libertação militar nazi da 2ª Guerra) e criei a própria diversão ao passar as placas do "proibido bicicletas" e coloquei um militar atrás de nós a assobiar e aos berros, lá fui eu de castigo enquanto ele foi reportar ao seu superior e me mandou aguardar. Não consegui aguardar, não tinha tempo para multas nem tempo a perder na visita, enquanto ele foi ao quartel nós demos ao pedal para bem longe da fortaleza!! Antes deste episódio ainda tiramos umas fotos junto da Estátua da pequena sereia, a verdadeira inspiração do conto de Hans Christian Andersen.
Gostamos imenso do observatório e lá subimos para observar toda a cidade, apreciamos as fachadas e o interior da Igreja de mármore, do museu nacional de Copenhaga, do render da guarda e do Palácio de Christiansborg.
No entanto, a mim marcou-me muito Christiania que no passado era uma cidade independente, onde as pessoas viviam numa comunidade Hippie. Durante algum tempo houve o livre comércio de drogas ilícitas, mas hoje, o local virou um ponto de visita para os turistas e vive sob a vigilância da polícia local, isto é o que eles dizem mas quando me proibiram logo de filmar acreditei que não estava lá nenhuma policia e os vendedores de droga estavam vestidos de negro onde só se viam os olhos nas barracas, o cheiro a droga era incrivel, os grafitis espetaculares, a pista de skates era esplêndida e havia "taludos" com cães enormes por todos os lados! A mim fazia-me lembrar e misturar um cenário de favela com um cenário de guerra, a Diana quis logo ir embora devido à insegurança mas aqueles poucos minutos valeram bem a pena!
Não posso estar aqui a escrever um livro por isso terminarei com a viagem de barco que se iniciou em Nyhavn que é o novo porto de Copenhague, repleto de charmosas casas com fachadas coloridas, bares e restaurantes. A viagem durou cerca de 1hora e deu para refletir na maravilha que tinha assistido esses 4 dias, mais culto fiquei, mais identidade desenvolvi, melhor estou e melhor espero ser.