Estavamos naquela altura em que o melhor era começar a digerir mais rápido tudo aquilo que se tinha ingerido, partimos para altura de muita dança, muita festa e muita animação. Dancei com quem quis ou com quem me foi aparecendo, antes de entrar na fase das sobremesas.
Tinhamos lá a coreógrafa para dar uma ajuda, as crianças para dar mais alegria e os amigos para ir fumar uma bela de uma charutada para descomprimir tudo aquilo que se passava entretanto. Era notório na cara das pessoas, inclusivé nas nossas que toda a parte mais formal já tinha passado e corrido lindamente, estava mesmo na altura de descontrair ao máximo, cansei-me tanto de dançar que no fim da noite e no dia seguinte não sentia os pés de cansaço e de dormência.
De repente, umas cortinas abriram-se para o laranjal gigante escondido, com as mesas de sobremesa todas dispostas onde poucos imaginavam que para além daquelas cortinas existia uma sala gigante que mais parecia um alpendre. Sala esta, virada a um magnifico laranjal iluminado por pequenas luzes sobre as ramadas e uma cabine de DJ em pedra onde passariam uns vinis para os grandes apreciadores de música. Parece fácil mas tudo isto foi pensado e delineado num timing perfeito.
As pessoas poderiam deliciar-se sobre aquilo que era mais um dos fortes da quinta, as sobremesas divinais, não industriais nem feitas de forma massiva mas com requerimentos especiais como aquela mousse caseira com chocolate 90% cacau, ou o bolo de bolacha requintado, ou a fruta que vista parecia desenhada, o queijo de elevadas qualidades e variedades, algumas imagens podem falar por si!
Tudo corria bem enquanto a noite caía e tudo se preparava para a abertura do bolo...